Cientistas da Agência Espacial Europeia (ESA) anunciaram nesta quinta-feira (27) a descoberta de gelo em Marte suficiente para formar um oceano com uma profundidade entre 1,5 e 2,7 metros.
A descoberta foi feita pela sonda Mars Express, que orbita Marte há 20 anos. Usando seu radar de subsuperfície MARSIS, a sonda observou depósitos extensos de gelo de água com cerca de 3,7 km de comprimento, enterrados a vários metros de profundidade sob uma crosta de cinzas endurecidas e poeira seca.
Os cientistas acreditam que o gelo foi formado há bilhões de anos, quando Marte era um planeta mais úmido e quente. O gelo foi preservado sob a crosta árida de Marte, onde está protegido da radiação solar e da atmosfera.
A descoberta é uma evidência de que Marte já foi um lugar muito diferente do que é hoje. O planeta pode ter abrigado um oceano global, que poderia ter abrigado vida.
A descoberta também tem implicações para a exploração humana de Marte. O gelo pode ser usado como fonte de água e combustível para futuros astronautas.
A ESA está planejando uma missão para coletar amostras de gelo de Marte em 2028. A missão, chamada Rosalind Franklin, irá pousar em uma cratera no equador de Marte, onde o gelo é mais abundante.
A descoberta do gelo em Marte é uma das mais importantes descobertas da exploração espacial nos últimos anos. Ela nos dá uma visão mais profunda da história de Marte e do potencial do planeta para a vida.